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Comissão analisa exploração da jazida de sal-gema em Conceição da Barra

A Prefeitura de Conceição da Barra, norte do Estado, forma uma comissão para analisar a exploração de sal-gema no município, a maior da América Latina, cujas áreas estão sendo leiloadas até 13 de agosto, quando serão conhecidas as empresas consideradas aptas para iniciar a exploração comercial desse material, utilizado em larga escala na indústria pesada, inclusive automobilística.


A iniciativa é adotada ao mesmo tempo em que a Assembleia Legislativa prossegue com o debate na Frente Parlamentar de Apoio à Exploração das Jazidas de Sal-Gema, realizado no dia 13 de julho. Os parlamentares reconheceram a importância de fazer com que a exploração das jazidas de sal-gema em Conceição da Barra seja um novo polo de desenvolvimento do Estado. Há unanimidade no entendimento de usar a oportunidade para criar empregos e possibilitar a instalação de um polo cloroquímico na região.


A preocupação é que a atividade não seja apenas extrativista, por meio da criação de um polo, segundo o prefeito Mateusinho Vasconcelos (PTB), que afirmou nesta quarta-feira (14): “Espero que a Assembleia possa contribuir para não atrasar ainda mais o processo”. A questão ambiental é outro ponto levantado pelo prefeito e também por parlamentares no processo. 

Desde 2002, a Petrobras planejava buscar parceiros do setor privado para explorar a reserva de sal-gema. Com a parceria, poderia ser viabilizada a construção de uma unidade de mineração no município de Conceição da Barra, um investimento estimado, à época, em cerca de US$ 50 milhões. Com a mudança de planos, a Petrobras se desfez da área.

O depósito de sal-gema no Estado, descoberto há 26 anos e considerado o maior do país, é avaliado em 19,4 bilhões de toneladas. Isso equivale a uma concentração de 17,1 bilhões de toneladas de cloreto de sódio, o que corresponde a 68% das reservas oficiais de sal-gema brasileiras, segundo geólogos da Petrobras.


O ex-prefeito do município, Francisco Vervloet, o Chicão (PSB), que também participa do processo, apesar de ser de outro grupo político, estima que o empreendimento poderá gerar mais de 10 mil empregos na cidade. O deputado federal Felipe Rigoni (sem partido) acompanha o processo de liberação da exploração das jazidas pela Agência Nacional de Mineração (ANM) desde 2019. Ele afirmou que a competição em torno das 11 áreas leiloáveis será benéfica. “Quanto maior for o preço que o leilão sair, maior vai ser o interesse daquela empresa de fazer a maior exploração possível”.

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Século Diário
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