Balança comercial brasileira aponta déficit de US$ 35,8 bilhões no acumulado do ano
As quantidades de produtos químicos importados têm crescido significativamente desde o início do ano, ultrapassando as 5 milhões de toneladas de agosto a outubro. Esse aumento pode levar a preocupações quanto à competitividade do produto brasileiro. A maioria das importações originam-se da Ásia e podem ter competitividade artificialmente sustentada, em razão da guerra entre Rússia e Ucrânia.
No acumulado até setembro, houve aumento expressivo nos volumes de importação de plastificantes (76,6%), resinas termoplásticas (18%), petroquímicos básicos (12,3%), matérias para detergentes (6,7%) e químicos industriais (14,4%). O aumento nos volumes pode ser explicado com os preços altamente competitivos que, inclusive, resultaram em desequilíbrio no mercado nacional, onde a produção atinge seu mínimo em 17 anos com 35% de ociosidade da capacidade produtiva.
Por outro lado, as exportações de produtos químicos estão estáveis, porém, a níveis bastante inferiores aos de importação, o que pode se agravar caso as dificuldades econômicas da Argentina – principal destino de produtos químicos brasileiros – continuem a se agravar.
Assim, a balança comercial de químicos desde o início do ano até setembro mostra déficit de 36 bilhões de dólares, resultado da diferença entre importações (US$ 46,7 bilhões) e exportações (US$ 11 bilhões).
Adaptado GlobalKem | 09 de novembro de 2023