Perante Política Nacional de Transição Energética (PNTE), mercado nacional de gás natural deve ser transformado
Na última segunda-feira (26), o setor industrial, responsável por 60% do total de gás natural consumido no Brasil, comemorou o lançamento da Política Nacional de Transição Energética (PNTE) e a assinatura do decreto que deverá reduzir o preço do gás e aumentar sua oferta no país.
Atualmente no mercado nacional, os preços do gás natural estão entre os mais elevados do mundo, chegando às indústrias por US$ 21 por milhão de BTUs, em média, enquanto nos Estados Unidos, por exemplo, um dos maiores países exportadores de gás para o Brasil, apresenta um custo de US$ 2,5/mmBtu. Os preços europeus também ficam abaixo do registrado nacionalmente, onde a molécula de gás representa mais do que o dobro da média de US$ 9/mmBtu.
Neste sentido, tendo em vista a baixa competitividade do gás natural nacional, as novas movimentações governamentais sugerem um avanço para o setor energético, o qual deve melhorar a oferta e os preços do insumo ao longo dos próximos meses, garantindo custos produtivos mais reduzidos para a indústria geral.
Ainda, o Governo Federal espera que os preços mais competitivos do gás permitam o reaquecimento do polo industrial nacional como um todo, com estimativa de R$ 96 bilhões em investimentos em gás natural, biometano e em plantas de fertilizantes.
Perante custos energéticos possivelmente menores, os custos produtivos de insumos que dependem fortemente do gás natural, como a Soda Cáustica, Ácido Clorídrico e outros clorados, podem apresentar variações no mercado, permitindo uma produção nacional mais vantajosa e uma menor dependência do mercado internacional.
Adaptado GlobalKem | 28 de agosto de 2024