Novo mandato de Trump poderá movimentar o mercado petroquímico com taxação sobre produtos importados
A eleições dos Estados Unidos trouxeram movimentações mundiais ao longo da primeira semana de novembro, dadas as expectativas criadas para o mandato de Donald Trump, que deverá se iniciar em 20 de janeiro de 2025. Neste sentido, levando consideração comentários e propostas do candidato eleito, não há dúvidas de que a nova direção terá um perfil mais protecionista e voltado para as necessidades econômicas dos EUA.
Trump conta com sua agenda “Americas First”, em que promete reaquecimento das políticas protecionistas, incluindo o aumento de tarifas de importação. Vale lembrar que, no primeiro mandato do candidato eleito, as tarifas foram aplicadas principalmente sobre os produtos chineses, provocando uma guerra comercial que impactou profundamente o comércio internacional.
Neste sentido, Trump poderá aplicar taxas ainda maiores, variando de 10% a 15% sobre produtos importados e até 60% em itens específicos da China, como carros elétricos. Quanto aos impactos, mercados emergentes e que dependem da exportação de commodities e produtos industriais, como o Brasil, poderão ser fortemente prejudicados.
Outro fator a ser discutido em relação ao novo mandato está associado ao mercado petroquímico e energético, tendo em vista que o novo presidente tem como um dos seus objetivos a expansão da produção de petróleo e gás natural. No entanto, embora a expectativa seja positiva em relação à oferta, os custos para a indústria química geral poderão ser comprometidos, com tarifas que aumentariam os preços de resinas, Soda Cáustica, Enxofre e MEG, insumos atrelados diretamente a cadeia produtiva do petróleo e altamente produzidos e comercializados pelos Estados Unidos.
Autoral GlobalKem | 07 de novembro de 2024