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Juros imobiliário aumentam à medida que Caixa libera novas regras de financiamento

A alta na taxa Selic e os novos ajustes promovidos pela Caixa Econômica Federal têm movimentado o cenário nacional de crédito imobiliário. A partir de 1º de novembro, o banco público alterará as condições de financiamento para imóveis, exigindo uma entrada maior: nos financiamentos pelo Sistema de Amortização Constante (SAC), o valor mínimo de entrada subirá de 20% para 30%. Já pelo sistema Price, o percentual será ampliado de 30% para 50%.

Essas novas diretrizes deverão afetar o mercado como um todo, levando bancos privados a revisar suas próprias taxas, como realizado pelo Itaú, o qual recentemente elevou sua taxa média para 10,79% ao ano, mais a Taxa Referencial (TR). Em nota, o Santander, outro grande banco, destacou que a alta nos juros de longo prazo aponta para um aumento nas taxas de crédito imobiliário.

Segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), o crédito imobiliário deve atingir R$ 270 bilhões em 2024. No entanto, a taxa Selic acima de 10% nos últimos dois anos, aliada à baixa captação da poupança, indica que o custo de financiamento seguirá elevado.

Diante dos preços crescentes, alternativas como consórcios imobiliários e leilões de imóveis estão em alta. O planejador financeiro, Fabio Louzada, recomenda cautela: enquanto consórcios são uma opção para quem não tem pressa em adquirir o imóvel, leilões, embora ofereçam descontos, demandam atenção aos editais, pois é comum que o comprador assuma encargos de condomínio e IPTU pendentes.

Desta forma, com maiores taxas monetárias e o aumento da entrada requerida pela Caixa, instituição que responde por aproximadamente 70% dos financiamentos do país, a demanda do segmento da construção deverá permanecer sem grandes movimentações ao longo dos próximos meses, impactando o mercado de insumos diretamente associados ao setor, como a Cal.

Adaptado GlobalKem | 28 de outubro de 2024

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InfoMoney
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