Preços do gás natural aumentam após greve em instalações de GNL na Austrália

Os preços do gás natural dispararam após o início de uma greve em duas importantes instalações de gás natural liquefeito (GNL) na Austrália. As paralisações, motivadas por questões salariais e condições de trabalho, estão ocorrendo nas instalações da Chevron, nas plantas Gorgon e Wheatstone, localizadas na Austrália Ocidental. As duas plantas da gigante energética americana representam mais de 5% da capacidade global de GNL.

No dia 08, os preços do gás no atacado no Reino Unido subiram cerca de 10%, no entanto, ainda não houve quedas no fornecimento de gás.

A Austrália é um dos maiores exportadores de GNL do mundo, juntamente com o Catar e os Estados Unidos, e seus suprimentos ajudaram a conter os preços globais de energia depois que a Rússia começou a reduzir o fornecimento de gás natural para a Europa.

Embora os custos de energia no atacado tenham diminuído desde a invasão da Ucrânia pela Rússia no ano passado, a pressão sobre os preços persiste. Os preços do petróleo subiram nesta semana, depois que a Arábia Saudita e a Rússia estenderam seus cortes no fornecimento até o final do ano.

Caso a situação se mantenha, a oferta de gás vai se tornar insuficiente para cobrir a demanda, resultando em variações de preço e possíveis desabastecimentos. A Europa, grande consumidora de energia, está com seus estoques quase cheios para enfrentar o inverno, mas esses estoques não duram todo o inverno, ainda mais com o risco de inverno intenso que se corre.

Os Estados Unidos – grandes exportadores de gás natural – são uma opção para complementar a oferta, porém isso pode trazer outros impactos como a elevação de custo da energia elétrica e, consequentemente, de produtos como Soda Cáustica e Cloro.

Adaptado GlobalKem | 14 de setembro de 2023