Fed aumenta taxa de juros para 5,5% nos EUA, podendo impactar mercados
Após reunião no dia 26 de julho, o Fed (Banco Central dos EUA) decidiu aumentar as taxas de juros em 0,25%, atingindo a faixa entre 5,25% a 5,5%, estabelecendo uma taxa de alta histórica. Essa decisão é baseada, principalmente, na alta inflação, mas também no crescimento moderado do desenvolvimento da economia americana e nas últimas decisões do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) e tem como objetivo desacelerar a inflação, com meta de chegar abaixo dos 2% – número que não é atingido desde 2021. Segundo o Fed, o futuro das taxas será decidido a cada reunião realizada, considerando diversos pontos, mas é possível que tenham mais aumentos ainda neste ano.
Com o aumento das taxas americanas, o mundo tende a ser impactado. Não só os juros aplicados aos empréstimos, mas a cotação do dólar também vai subir. Com o aumento dos juros, os investidores são mais atraídos pelo dólar e pelos EUA, aplicando mais dinheiro no país e valorizando sua moeda. O mundo inteiro será impactado por essa dinâmica: empréstimos mais caros com dólar mais caro.
O Brasil não escapa dessas influências – com o dólar mais valorizado, a tendência é que os produtos e serviços brasileiros percam competitividade e demanda, porém, acompanhado de redução da inflação nacional. Dependendo da intensidade desses impactos e interação com outros fatores, o Copom (Comitê de Políticas Monetárias) pode alterar a taxa Selic, provavelmente em -0,25%, segundo previsões. Uma vez concretizado esse panorama, os preços de produtos importados dos EUA, dentre eles a soda cáustica e o cloro, podem ser impactados com preços elevados relacionados à valorização do dólar. Porém, devido à atual oferta excedente desses dois produtos, seus preços não devem ser afetados no curto prazo.
Adaptado GlobalKem | 27 de julho de 2023