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El Niño desafia setor elétrico: ONS avalia medidas preventivas para preservar reservatórios em 2024

A escassez de chuvas no Norte do Brasil, associada ao El Niño, está levando o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) a considerar medidas excepcionais em 2024 para preservar os reservatórios. O diagnóstico será apresentado entre fevereiro e março do próximo ano. Embora não haja alarme imediato, o ONS, que monitora de perto a situação, discutiu a questão com o Comitê de Monitoramento do Sistema Elétrico (CMSE).

Possíveis ações incluem medidas operacionais para preservar os reservatórios e acionar usinas térmicas, antecipando-se à crise. Isso permitiria o uso de termoelétricas mais econômicas, reduzindo o impacto tarifário. Além disso, o ONS enfrenta desafios devido às mudanças no perfil de consumo de energia, com a expansão de fontes não despacháveis e a geração distribuída (GD).

A gestão eficiente do “fechamento de ponta” torna-se crucial diante do aumento diário da demanda de cerca de 20 gigawatts (GW) por energia do sistema, causada pelo desligamento dos sistemas de GD no final da tarde. A coordenação dessas operações é essencial para manter a estabilidade do sistema elétrico nacional.

Assim, a seca pode resultar em aumento no preço da energia e, portanto, no custo produtivo de produtos que precisam de eletricidade, como é o caso da Soda Cáustica e do Cloro,

As medidas preventivas devido à escassez de chuvas e a influência do El Niño podem afetar significativamente os custos e a operacionalidade do setor de químicos industriais no Brasil – principalmente em indústrias que dependem da energia elétrica, como o setor de Cloro-Soda – exigindo adaptações e planejamento para lidar com as possíveis consequências.

Adaptado GlobalKem | 11 de dezembro de 2023

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IstoÉ Dinheiro
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