China lidera queda no superávit da balança comercial brasileira no acumulado entre janeiro e maio de 2025

O superávit da balança comercial brasileira caiu para US$ 24,4 bilhões entre janeiro e maio de 2025, o menor resultado para o período desde 2022. A principal razão foi a redução no saldo comercial com a China, que recuou de US$ 18,6 bilhões em 2024 para US$ 8,3 bilhões neste ano. Também contribuiu o aumento do déficit com os Estados Unidos, que passou de US$ 226 milhões para US$ 1,04 bilhão.
Um acordo assinado entre China e EUA no dia 10 de junho reduziu tarifas, mas trouxe incertezas. As tarifas americanas caíram de 145% para 55% sobre produtos chineses; a China, por sua vez, reduziu de 125% para 10% suas tarifas sobre importações dos EUA. No entanto, o presidente Trump afirmou que o pacto é apenas uma trégua.
O comércio global ainda sofre os efeitos da tensão geopolítica entre Israel e Irã e do protecionismo americano. No caso do Brasil, permanece a tarifa de 10% sobre suas exportações aos EUA, com 50% incidindo sobre produtos siderúrgicos e de alumínio.
As exportações totais caíram 0,9% em valor no acumulado até maio, enquanto as importações cresceram 9,2%. O maior dinamismo das compras externas, puxado pela indústria de transformação, pressionou o saldo. O volume exportado de commodities caiu 2,4%, enquanto os produtos não commodities cresceram 8,2%.
Por mercados, a Argentina se destacou positivamente com aumento de 55,4% nas exportações brasileiras, enquanto as vendas para a China recuaram. Nas importações, a China liderou com alta de 35%. Apesar de variações positivas em alguns setores, o enfraquecimento das exportações para a China foi determinante na queda do superávit.
Adaptado GlobalKem | 25 de junho de 2025