Cenário da Construção Civil apresenta aceleração em maio, após dois meses de confiança em queda no setor
Segundo dados divulgados nesta segunda-feira (27) pela Fundação Getúlio Vargas, o setor da Construção Civil apresentou aceleração em maio, frente ao mês de abril, com avanços nos custos de produção e no índice de Confiança da Construção (ICST). Além disso, o Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) da construção registrou estabilidade no mesmo período comparativo, mantendo-se em 79,9%, com influência da variação de -0,1% no grupo Mão de Obra e 0,7% para Máquinas e Equipamentos.
O Índice Nacional de Custos da Construção – M (INCC – M) fechou com alta de 0,59% e maio, ante 0,41% de abril. No entanto, apesar da aceleração, a taxa se manteve sem grandes variações, em 12 meses, marcando 3,68%. O resultado foi impulsionado pelo avanço de 0,09% no componente de Materiais, Equipamentos e Serviços, além da influência da alta de 0,31% para o setor de Mão de Obra.
As variações sugerem estabilidade nos custos dos insumos e dos serviços, ao passo que a mão de obra também aumentou, devido a reajustes espontâneos e dissídios.
Em relação a confiança do setor, a sondagem mostrou reversão do cenário de quedas que perdurava há dois meses, registrando avanço de 1,2 pontos para o ICST em maio. Apesar do índice estar em 96,4%, a sua permanência abaixo de 100 reflete as dificuldades atuais enfrentadas pelas empresas, as quais podem ser ainda mais agravadas pela falta de mão de obra qualificada durante o processo de reconstrução dos edifícios no Rio Grande do Sul, impactando a confiança e o avanço da construção civil.
No entanto, mesmo com possíveis desafios, a sondagem de maio sugere uma boa avaliação perante o momento atual e em relação às perspectivas nos próximos meses. Ainda, levando em consideração o avanço de 0,7% do indicador de demanda prevista para os próximos três meses, a procura por insumos industriais importantes para o setor, como a Cal e a Soda Cáustica, deve ser impactada.
Adaptado GlobalKem | 28 de maio de 2024