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Produção industrial cresce 1,4% em maio

Em maio de 2021, a produção industrial nacional avançou 1,4% frente a abril (série com ajuste sazonal), interrompendo três meses consecutivos de queda, quando acumulou perda de 4,7%. Já em relação a maio de 2020, o crescimento foi de 24,0%, nona taxa positiva consecutiva e a segunda mais elevada da série histórica, abaixo apenas da registrada em abril último (34,7%). No ano, a indústria acumula alta de 13,1% e, em doze meses, de 4,9%.

O avanço (1,4%) da indústria em maio, frente ao mês anterior, foi acompanhado por duas das quatro das grandes categorias econômicas e 15 dos 26 ramos pesquisados.

Entre as atividades, as influências positivas mais importantes vieram de produtos alimentícios (2,9%), em alta após a queda de 3,2% no mês anterior; pelo de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,0%), que eliminou parte da perda de 10,0% registrada em abril, e por indústrias extrativas (2,0%), com o terceiro mês seguido de crescimento, acumulando expansão de 10,0% no período.

Outras contribuições positivas importantes vieram de metalurgia (3,2%), de outros produtos químicos (2,9%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (8,0%), de bebidas (2,9%) e de confecção de artigos do vestuário e acessórios (6,2%).

Por outro lado, entre as dez atividades em queda, os principais impactos negativos foram de produtos de borracha e de material plástico (-3,8%), que acumula perda de 10,5% em três meses seguidos de queda; máquinas e equipamentos (-1,8%), que eliminou parte da expansão de 2,2% registrada em abril, e produtos têxteis (-6,1%), que acumula perda de 26,5% em cinco meses seguidos de quedas.

Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação a abril, os setores de bens de consumo semi e não-duráveis (3,6%) e bens de capital (1,3%) assinalaram as taxas positivas de maio, com a primeira interrompendo três meses de queda, com redução acumulada de 11,4%; e a segunda acumulando 4,3%, após dois meses de crescimento.

Já os setores de bens de consumo duráveis (-2,4%) e bens intermediários (-0,6%) apontaram resultados negativos. O primeiro marca a sexta queda seguida, acumulando perda de 16,2% no período. Já o segundo, reduziu a intensidade de queda frente a abril (-1,1%).

Média móvel trimestral fica em -0,8% no trimestre encerrado em maio

Ainda na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral da indústria ficou em – 0,8% no trimestre encerrado em maio de 2021 frente ao nível do mês anterior, mantendo a trajetória descendente iniciada em fevereiro de 2021.

Entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo duráveis (-3,3%), em trajetória descendente desde janeiro, e bens de consumo semi e não-duráveis (-2,9%), no seu terceiro mês de queda (acumulando -9,4% no período), assinalaram os recuos mais intensos nessa comparação. Os segmentos de bens de capital (-1,1%) e de bens intermediários (-0,6%) marcaram, ambos, a terceira taxa negativa consecutiva, acumulando no período perdas de 5,1% e 1,0%, respectivamente.

Frente a maio de 2020, a indústria teve o segundo maior avanço da série

Na comparação com maio de 2020, a indústria avançou 24,0%, com a segunda taxa mais elevada da série histórica, abaixo apenas da registrada em abril (34,7%). As quatro grandes categorias econômicas tiveram resultados positivos, além de 22 dos 26 ramos, 69 dos 79 grupos e 76,3% dos 805 produtos pesquisados.

Maio de 2021 (21 dias) teve um dia útil a mais do que o mesmo mês de 2020. O resultado positivo elevado reflete a baixa base de comparação, já que em maio de 2020 o processo de produção ainda estava bastante afetado pelo isolamento social devido à pandemia.

Entre as atividades, as principais influências vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (216,0%), máquinas e equipamentos (64,9%), metalurgia (49,3%), indústrias extrativas (11,8%) e produtos de minerais não-metálicos (47,1%).

Outros impactos positivos importantes foram assinalados pelos ramos de outros produtos químicos (25,5%), de produtos de borracha e de material plástico (33,2%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (97,6%), de produtos de metal (33,2%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (47,6%), de bebidas (21,4%), de outros equipamentos de transporte (192,2%), de produtos diversos (107,1%) e de produtos têxteis (70,2%).

Entre as quatro atividades em queda, produtos alimentícios (-4,9%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-5,9%) exerceram as influências negativas mais intensas, pressionadas pela menor fabricação de açúcar cristal e VHP, na primeira; e de óleos combustíveis, naftas para petroquímica e gás liquefeito de petróleo (GLP), na segunda.

Entre as grandes categorias econômicas, as maiores altas frente a maio de 2020 foram de bens de consumo duráveis (149,4%) e bens de capital (76,7%). Os setores de bens intermediários (18,1%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (13,2%) também mostraram taxas positivas, embora abaixo da média da indústria (24,0%).

O setor de bens de consumo duráveis (149,4%) registrou a terceira taxa positiva consecutiva ante o mesmo mês do ano anterior, impulsionado pela maior fabricação de automóveis (340,4%), eletrodomésticos da “linha branca” (104,6%) e motocicletas (634,3%). Também se destacaram os eletrodomésticos da “linha marrom” (12,3%), outros eletrodomésticos (99,1%) e os móveis (45,5%).

A produção de bens de capital (76,7%) teve o nono resultado positivo seguido nessa comparação. O segmento foi influenciado pelas altas em todos os grupamentos, com destaque para bens de capital para equipamentos de transporte (155,3%), impulsionado pela maior fabricação de caminhões, caminhão-trator para reboques e semirreboques, veículos para o transporte de mercadorias, reboques e semirreboques e aviões. As demais taxas positivas foram nos grupamentos de bens de capital para fins industriais (56,7%), agrícolas (55,8%), de uso misto (39,9%), para construção (75,1%) e para energia elétrica (9,3%).

O segmento de bens intermediários (18,1%) marcou a 11ª taxa positiva consecutiva ante igual mês de 2020. O resultado de maio foi impulsionado por veículos automotores, reboques e carrocerias (158,0%), metalurgia (49,3%), produtos de minerais não-metálicos (46,7%), outros produtos químicos (25,6%), indústrias extrativas (11,8%), máquinas e equipamentos (79,1%), produtos de borracha e de material plástico (32,4%), produtos de metal (34,9%), de produtos têxteis (66,4%) e celulose, papel e produtos de papel (11,6%). Já as pressões negativas vieram de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustívei (-12,6%) e produtos alimentícios (-11,1%). Ainda nessa categoria econômica, vale citar também os resultados positivos nos grupamentos de insumos típicos para construção civil (34,2%) e de embalagens (10,3%).

O setor de bens de consumo semi e não-duráveis (13,2%) apontou a terceira taxa positiva consecutiva nessa comparação, principalmente, pelo alta no grupamento de semiduráveis (63,4%), impulsionado pelos avanços na fabricação de itens dos setores de calçados e vestuário e acessórios. Cabe destaque também para as altas nos grupamentos de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (5,5%), de não-duráveis (9,3%) e de carburantes (12,3%).

No acumulado do ano, todas as grandes categorias registram altas

No índice acumulado no ano, frente a igual período do ano anterior, chegou a 13,1%, com crescimento nas quatro grandes categorias, 21 dos 26 ramos, 65 dos 79 grupos e 73,9% dos 805 produtos pesquisados.

Entre as grandes categorias econômicas, os resultados nos cinco primeiros meses de 2021 foram positivos para bens de capital (43,7%) e bens de consumo duráveis (37,5%), devido às altas em bens de capital para equipamentos de transporte (64,8%), para fins industriais (26,8%) e agrícolas (60,4%), na primeira; e de automóveis (43,7%) e eletrodomésticos da “linha branca” (47,9%), na segunda. Os segmentos de bens intermediários (10,9%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (6,3%) também tiveram altas, mas abaixo da média.

Entre as atividades, veículos automotores, reboques e carrocerias (52,9%), máquinas e equipamentos (39,4%), metalurgia (22,7%) e produtos de minerais não-metálicos (32,6%) exerceram as maiores influências positivas. Outros destaques foram os produtos de metal (26,3%), produtos de borracha e de material plástico (22,9%), outros produtos químicos (12,5%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (27,9%), artigos do vestuário e acessórios (36,6%), bebidas (15,1%), produtos têxteis (36,3%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (15,9%), couro, artigos para viagem e calçados (25,0%), produtos diversos (30,8%), produtos de madeira (25,1%) e móveis (29,4%).

Por outro lado, entre as cinco atividades em queda, a principal influência foi dos produtos alimentícios (-5,2%), pressionada pela menor fabricação de itens como açúcar, biscoitos e bolachas, leite em pó, tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja, arroz, massas alimentícias secas, achocolatados em pó, óleo de soja em bruto e refinado, margarina, farinha de trigo, café e conservas de peixes.

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IBGE
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