
Os preços do minério de ferro apresentaram queda na última quarta-feira (20), pressionados pelos cortes obrigatórios de produção das siderurgias e pelas restrições comerciais dos EUA sobre importações de Aço. Na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China, a retração foi de 0,19%, atingindo US$ 107,09 por tonelada, enquanto na Bolsa de Cingapura, os preços recuaram 0,25%, para US$ 100,8 por tonelada.
Antes do desfile militar em Pequim, que ocorrerá dia 3 de setembro, a China determinou cortes na produção de alto-forno com o objetivo de melhorar a qualidade do ar. Contudo, os cortes planejados foram menores do que os rumores de paralisação total da produção, limitando o impacto real sobre o setor siderúrgico.
Os EUA procuram mais importações de produtos chineses, como aço, cobre e lítio, para uma fiscalização prioritária, enquanto, ao mesmo tempo o país anunciou que estava ampliando as tarifas impostas sobre o aço e o alumínio para mais de 400 produtos, a fim de apoiar as indústrias norte-americanas.
A medida de ampliação de tarifas não foi bem-vista por diversas empresas que utilizam aço como matéria-prima, como a Tesla, a qual argumentou que a capacidade produtiva dos EUA não é suficiente para a produção de seus veículos elétricos. Contudo, sobre a ótica da oferta, os embarques de minério de ferro dos principais produtores como Austrália e Brasil, estão apresentando recuperação gradual nas últimas semanas, com a empresa brasileira, Vale, liderando o movimento de recuperação.
Adaptado GlobalKem | 21 de agosto de 2025