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ABIQUIM registra maior volume de importação de produtos químicos desde 2013 e considera mercado encorajador e alarmante

As importações brasileiras de produtos químicos no primeiro semestre do ano totalizaram US$ 25 bilhões, um aumento expressivo de 27,8% em relação ao mesmo período de 2020. Esse montante supera em US$ 3 bilhões o maior valor até então registrado para igual período, entre janeiro e junho de 2013 (ano do déficit recorde de US$ 32 bilhões em produtos químicos). Em uma avaliação mensal, no contexto das perspectivas positivas de desempenho da economia brasileira para o ano com a retomada mais sólida de várias atividades que ainda sentiam severos impactos da pandemia, o valor importado foi superior a US$ 3,5 bilhões em todos os meses do primeiro semestre, tendo atingido, em junho, a inédita marca de US$ 5 bilhões em um único mês.

As exportações brasileiras de produtos químicos, por sua vez, somaram no período US$ 6,4 bilhões, uma elevação de 15,6% em relação aos mesmos meses do ano anterior. Esse crescimento é em grande parte justificado pelo aumento dos preços médios de produtos químicos no mercado internacional, com o desdobramento de um incremento de 9,8% nos preços de vendas dessas mercadorias pelo Brasil aos seus parceiros comerciais. Em termos de quantidades transacionadas, as movimentações de produtos químicos foram recorde tanto com as importações de 26,5 milhões de toneladas quanto com as exportações de 8,1 milhões de toneladas, respectivamente aumentos de 15,9% e de 5,2% em relação aos maiores registros anteriores.

O déficit acumulado da balança comercial de produtos químicos atingiu o recorde de US$ 18,6 bilhões para primeiros semestres, um expressivo aumento de 32,7% comparado com o mesmo período de 2020.  Para o Presidente-Executivo da Abiquim, Ciro Marino, os resultados do primeiro semestre são simultaneamente encorajadores, uma vez que confirmam as expectativas quanto ao nível de retomada das trocas comerciais, mas gravemente alarmantes, uma vez que ainda são enormes os desafios na agenda de competitividade para transformar o potencial de investimentos do setor em projetos a serem implementados no curto e médio prazos.

“Indiscutivelmente, o mercado interno é um ativo estratégico para o Brasil e somente por meio da aceleração das reformas estruturantes, do fortalecimento da competitividade e de um sistema de defesa comercial robusto e eficaz no combate contra práticas predatórias e desleais é que conseguiremos maximizar a utilização do parque industrial já instalado e captar novos investimentos produtivos, trazendo mais empregos e renda para o Brasil nesse novo momento econômico em que já começa a ganhar forma como será o mundo pós pandemia”, declarou Marino.

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