O déficit na balança comercial de produtos químicos atingiu US$ 55 bilhões em 12 meses até maio, segundo relatório da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). O saldo negativo é resultado de US$ 71,4 bilhões em importações, com alta de 17,5% frente aos números consolidados de 2021, e exportações de US$ 16,4 bilhões, com crescimento de 13,4% na mesma base de comparação.
Nos primeiros cinco meses do ano, o déficit cresceu 59,4%, para US$ 23,5 bilhões, com importação recorde de US$ 7,8 bilhões somente em maio.
Em volume, as compras externas de produtos químicos alcançaram marca recorde de 22,9 milhões de toneladas com alta de 6,5% de janeiro a maio.
Nesse período, foram importados US$ 13,2 bilhões entre fertilizantes e defensivos agrícolas. Produtos farmacêuticos foram US$ 6,3 bilhões. Os dois segmentos representaram quase dois terços do total.
Em nota, o presidente-executivo da Abiquim, Ciro Marino, disse que os números da balança “confirmam o enorme potencial do mercado doméstico brasileiro, mas, simultaneamente, comprovam a alarmante dependência externa do país em áreas estratégicas”.