Volume de exportações registraram queda na balança comercial do Brasil, enquanto as importações aceleraram em 21,0% em junho
De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (17) pela FGV IBRE, a balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 6,7 bilhões em junho deste ano, com retração de US$ 3,4 bilhões na comparação com o mesmo mês em 2023. Em relação ao semestre, houve um recuo de US$ 2,3 bilhões em relação ao mesmo período do ano anterior.
O resultado de junho foi puxado pela queda de 1,9% no valor das exportações no mês, enquanto as importações apresentaram alta de 14,4%. Em relação à volume, as compras cresceram em 21,0% e as vendas recuaram em 0,1%, levando em consideração os volumes apresentados no mesmo mês em 2023. Na comparação entre os primeiros semestres de 2023 e 2024, o volume exportado e o importado aumentaram em +5,6% e +12,2%, respectivamente.
Perante os segmentos, o volume de exportação da indústria extrativa aumentou 11,1% na comparação anual de junho, impulsionado pelo melhor desempenho das commodities, liderada principalmente pelo crescimento de 31,6% das exportações de petróleo bruto. Em contrapartida, a indústria da transformação registrou variação negativa no período, com retração de 5,9%.
Tratando-se das importações, a indústria da transformação compôs 91,1% do volume comprado no primeiro semestre de 2024. Ainda, o aumento do volume de produtos importados na comparação anual foi impulsionado pela alta de 23% da indústria da transformação no mês de junho de 2024 ante o mesmo mês em 2023.
Em termos de volume em relação aos países parceiros, a China liderou as importações, com o aumento de 924%, em valor, para veículos de passageiros. Para os volumes exportados, os Estados Unidos lideraram os resultados, com o petróleo bruto como principal insumo.
As perspectivas para a balança comercial não apresentam novas tendências, exceto um possível efeito negativo com as notícias sobre o menor crescimento chinês. Isso poderá reduzir a demanda por importações da China e, ao mesmo tempo, intensificar a venda de produtos chineses no mercado internacional, o que tem aumentado o número de medidas protecionistas no mundo contra o país.
Adaptado GlobalKem | 18 de julho de 2024