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Brasil amplia capacidade e fortalece parceria com EUA em meio à reorganização global da indústria de celulose

O Brasil consolida sua posição como principal polo global de celulose com a expansão de novos projetos industriais e a diversificação de destinos de exportação, em um cenário marcado pela reconfiguração da demanda chinesa e pelo fortalecimento das relações comerciais com os Estados Unidos. A ampliação da capacidade produtiva nacional ocorre em paralelo à integração de plantas na China, que reduz as importações de fibra de mercado e reabre espaço para o crescimento das exportações brasileiras em mercados ocidentais a partir de 2026.

Entre os principais vetores dessa expansão está o Projeto Sucuriú, conduzido pela Arauco em Inocência (MS). Avaliado em R$ 25 bilhões, o empreendimento será a maior fábrica de celulose do mundo, com capacidade instalada de 3,5 milhões de toneladas por ano. O projeto reforça o papel do Mato Grosso do Sul como o “Vale da Celulose” brasileiro, região que deverá ampliar sua base florestal em 40% até 2028, impulsionando a oferta de matéria-prima para a indústria e fortalecendo o posicionamento do país no comércio global.

Em paralelo, empresas como a Klabin seguem investindo em eficiência e diversificação de portfólio, equilibrando operações em celulose, papéis e embalagens para mitigar oscilações de preço no mercado internacional. No segmento químico, companhias como a Dynatech ampliam a produção local de aditivos e branqueadores, reduzindo custos logísticos e reforçando a autonomia da cadeia nacional de papel e celulose.

Com o avanço dos projetos no Centro-Oeste e a crescente demanda norte-americana por fibra curta, o mercado dos EUA deve se consolidar como destino prioritário das exportações brasileiras entre 2026 e 2028. A realocação dos fluxos internacionais, combinada ao diferencial competitivo em sustentabilidade e tecnologia, projeta o Brasil como fornecedor estratégico global para o setor de papel, embalagens e bioindústria, consolidando sua relevância nas cadeias industriais de longo prazo.

Adaptado GlobalKem | 30 de outubro de 2025

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InfoMoney
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