A partir da segunda-feira (13/10) entraram em vigor as novas regras da Caixa Econômica Federal para ampliar o acesso ao crédito imobiliário no Brasil. As medidas, apoiadas pelo governo federal, devem injetar cerca de R$ 20 bilhões no mercado habitacional, com expectativa de financiar 80 mil novos imóveis até o fim de 2026.
As medidas elevam a cota máxima de financiamento de 70% para 80% do valor do imóvel e aumenta o teto do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões. As mudanças favorecem especialmente famílias com renda mensal acima de R$ 12 mil, faixa que enfrentava maiores dificuldades para acessar crédito habitacional em condições diferenciadas.
Na prática, a redução da entrada exigida deve estimular a demanda por imóveis, ampliando o público comprador e aquecendo segmentos da construção civil. O movimento também pode impulsionar empreendimentos residenciais de médio e alto padrão, que vinham registrando menor ritmo de lançamentos devido ao custo elevado de financiamento.
Outro ponto de destaque é a ampliação do uso do FGTS para imóveis de maior valor dentro do SFH, permitindo que compradores utilizem o saldo para entrada, amortização do saldo devedor ou pagamento parcial das parcelas. Essa medida tende a destravar o crédito habitacional e sustentar o ciclo de investimentos no setor.
Com a taxa de juros ainda elevada, mas com expectativa de queda em meados de abril de 2026, as novas medidas são vistas como um estímulo relevante à cadeia da construção civil, o que deve aumentar a demanda por calcário, interferindo diretamente na precificação da cal dolomítica e cal calcítica.
Adaptado GlobalKem | 16 de outubro de 2025