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Produção industrial em Minas volta a crescer após três anos de retração

Depois de três anos em queda, a produção da indústria mineira voltou a crescer em 2021 e encerrou o ano com alta de 9,8% sobre 2020, representando a segunda maior taxa dentre os locais pesquisados em todo o País. O resultado ficou bem acima da média nacional que avançou 3,9% na mesma base de comparação. Os principais destaques no Estado ficaram por conta de veículos automotores, reboques e carrocerias, máquinas e equipamentos e metalurgia.

Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No último mês de 2021, a produção no parque fabril de Minas aumentou 3,4% em relação a novembro, na série com ajuste sazonal, resultado também superior à média brasileira (2,9%). A indústria extrativa puxou o desempenho estadual em dezembro.

A analista do IBGE Alessandra Coelho de Oliveira destacou que este é o primeiro resultado positivo depois de três anos de queda na indústria mineira. “Em 2018 houve redução 2,3% sobre o ano anterior; em 2019 de 5,6% e em 2020 de 2,5%“, disse. Além de Minas Gerais com o crescimento de 9,8% no ano, destacaram-se também Santa Catarina (10,3%), Paraná (9%) e Rio Grande do Sul (8,8%).

Já em dezembro de 2021 frente ao mesmo mês de 2020, a indústria mineira em geral caiu 0,3%. Ainda assim, o recuo foi menor que a média nacional de -5%. Além disso, apenas quatro das 13 atividades pesquisadas no Estado tiveram desempenho positivo neste tipo de comparação. “Mas nem mesmo o menor ritmo de produção já tradicionalmente observado no último mês do exercício foi capaz de prejudicar os resultados do acumulado do ano”, comentou.

Setores

No último mês de 2021, a indústria extrativa cresceu 7,1%, a fabricação de produtos alimentícios 5,6%, de veículos automotores, reboques e carrocerias 4,6% e de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis 3% sempre na comparação com igual período de 2020. Na outra ponta, as maiores baixas foram registradas por outros produtos químicos -29,5%, produtos têxteis -23% e celulose, papel e produtos de papel -17%.

Já no decorrer do ano, veículos automotores, reboques e carrocerias apresentou alta de 44,3%, máquinas e equipamentos de 37,9%, metalurgia de 15,8%, a indústria extrativa de 14,9%, produtos de minerais não-metálicos de 11,8%, produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos de 11,7% e produtos têxteis de 11,4%.

Por fim, Alessandra Coelho chamou atenção que, apenas três setores tiveram recuo no exercício: outros produtos químicos -19,6%, celulose, papel e produtos de papel -7% e produtos alimentícios -4,8%.

Fonte
Diário do Comércio
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