A Europa destronou a Ásia como o maior destino do gás natural liquefeito dos EUA , à medida que a região carente de energia busca reduzir sua dependência dos suprimentos russos.
Os EUA enviaram quase três quartos de todo o seu gás natural liquefeito para a Europa nos primeiros quatro meses de 2022, com remessas diárias para a região mais que triplicando em relação à média do ano passado, informou a Administração de Informações sobre Energia dos EUA na terça-feira.
No ano passado, o bloco foi destino de apenas um terço dos suprimentos americanos.
O aumento significa que os EUA agora respondem por quase metade das importações de GNL da Europa, cerca do dobro da participação observada em 2021.
O governo Biden prometeu aumentar o fornecimento do combustível super refrigerado para a Europa depois que o bloco decidiu se afastar do gás russo em resposta à invasão do país à Ucrânia em fevereiro. Mesmo antes disso, a região já estava lutando com uma crise de oferta que elevou os preços do gás na Europa a níveis sem precedentes.
A perspectiva de maiores lucros incentivou os fornecedores americanos com flexibilidade de contrato a entregar mais combustível à Europa em detrimento de outros destinos.
A Ásia, que foi o destino de quase metade das cargas de GNL dos EUA nos últimos dois anos, viu os volumes caírem pela metade em 2022, disse a EIA.
Os EUA também aumentaram os volumes gerais de exportação de GNL este ano. As remessas do combustível super refrigerado aumentaram 18% em relação ao nível de 2021, para uma média de 11,5 bilhões de pés cúbicos por dia, após um aumento de capacidade nos terminais Sabine Pass e Calcasieu Pass.