Mercado

Setor Plástico sente falta de resinas no mercado nacional e critica taxas

Com cerca de 220 empresas, concentradas em Salvador, Lauro de Freitas e Camaçari, o Sindicato das Indústrias de Material Plástico da Bahia (Sindiplasba) também registra os reflexos da falta de materia-prima. O presidente da entidade, Luiz Oliveira, relata que há oferta restrita das resinas PVC – usada em tubos e conexões – e de polietileno e polipropileno, necessária no fábrico e embalagens e embalagens rígidas (como balde de tintas). No país, segundo dados da CNI, 54% das indústrias estão dificuldades para atender os clientes por falta de insumos.

Segundo Oliveira, que é economista e diretor da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) – o mercado interno é saturado, pois tem praticamente a Braskem como fornecedor único. “Esbarramos em dificuldades para importar, pois ela é agravada com imposto de importação de cerca de 15% e taxas anti-dumping do mesmo percentual”.

O presidente do Sindiplasba relatou ao bahia.ba que há empresas no segmento que chegaram a suspender a produção por falta de insumos, como clientes também interromperam o trabalho por falta da matéria-prima. “Uma fábrica de biscoitos na Bahia ficou parada por 10 dias devido a falta de embalagens”, contou. Neste cenário, reconhece, há risco de redução da mão de obra. Outro segmento atingido pelas dificuldades na indústria plástica é a venda de material de construção.

Uma alternativa, para o executivo, é suspender a taxa antidumping, mecanisno usado para proteger fabricantes nacionais. A medida, para Luiz Oliveira, não faz sentido. A seu ver, manter uma barreira em um momento que o fornecedor não supri o mercado. “O cenário atual não é igual ao de cinco anos atrás”, ressalta. “Mas não conseguimos ainda sensibilizar o governo.”

Fonte
Bahia.ba
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