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Greve em portos canadenses termina, mas impactos persistem na cadeia logística

Após semanas de interrupções, as operações nos principais portos canadenses, como Montreal, Vancouver e Prince Rupert, foram retomadas. No entanto, os efeitos das greves ainda pressionam a cadeia de suprimentos, com atrasos e custos adicionais previstos ao longo das próximas semanas.

As greves, iniciadas em 31 de outubro, visavam melhores condições de trabalho e aumentos salariais. Mesmo com uma oferta da Associação de Empregadores Marítimos (MEA) de um incremento superior a 20% em seis anos, os trabalhadores mantiveram a paralisação até meados de novembro, afetando gravemente a logística.

A Autoridade Portuária de Montreal (MPA) relatou um acúmulo de 5.000 TEU (unidades equivalentes a vinte pés) de cargas no solo e 22 embarcações aguardando movimentação, além de 2.750 TEU de carga ferroviária pendente. Neste sentido, a Autoridade estima que serão necessárias várias semanas para restaurar a fluidez operacional.

Na costa oeste, a Autoridade Portuária de Vancouver Fraser (VFPA) confirmou o impacto severo da greve e implementou um sistema de alocação prioritária para ancoragem. Mesmo assim, as operações continuam atrasadas, agravadas pelo congestionamento.

Exportadores americanos já são orientados a reservar remessas com até seis semanas de antecedência para evitar atrasos, especialmente com a alta temporada pré-Ano Novo Lunar, destacando os impactos prolongados da greve na rota comercial Ásia-EUA e nos custos operacionais.

Sendo assim, embora as operações tenham sido retomadas, o descongestionamento total dos portos poderá ser finalizado dentro de várias semanas, mantendo a pressão sobre os custos logísticos e as taxas de detenção no período.

Autoral GlobalKem | 21 de novembro de 2024

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GlobalKem
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