A temporada de furacões dos EUA, iniciada em 1º de junho, deve impactar o mercado petroquímico, tendo em vista a presença das principais refinarias e produtoras de insumos químicos na região de maior incidência dos ciclones tropicais, localizada na região do Golfo.
Ainda, com a chegada do La Ninã e as temperaturas da superfície do Atlântico acima do ideal, a temporada deve ser ainda mais intensa, sendo o período entre agosto e outubro o de maior recorrência dos furacões. Neste sentido, meteorologistas indicam que as tempestades devem ser mais críticas em 2024.
Em relação aos impactos, estes podem variar desde redução na oferta de energia, até a paralisação de unidades produtoras de petroquímicos nos Estados Unidos. Ainda, dada a presença de portos na costa do Golfo, as tempestades podem bloquear as comercializações de insumos industriais. No Brasil, além dos impactos quanto aos possíveis aumentos dos custos produtivos e energéticos, o país ainda pode enfrentar atrasos na entrega dos insumos.
Atualmente, apesar de impactos mais significativos para o setor petroquímico ainda não terem sido vistos, o furacão Beryl, que atingiu a região do Texas em 8 de julho, provocou quedas de energia e inundações, forçando algumas empresas a paralisarem as suas atividades. Assim, caso a previsão dos especialistas se concretize, o mercado de petróleo e derivados poderá sofrer impactos significativos, próximos ao cenário agressivo de 2021, quando o Furacão Ida causou graves impactos a região.
Autoral GlobalKem | 25 de julho de 2024