Logística

Estiagem recorde no Amazonas afeta indústria e logística na região de Manaus

O Estado do Amazonas está enfrentando a pior estiagem já vista em mais de 120 anos. O Rio Negro já está abaixo dos 13 metros e começam a acontecer acidentes como o ocorrido em Itacotiara, onde a passagem de um navio resultou no desabamento de parte do porto da cidade.

As causas para essa seca intensa ainda estão sendo estudadas, mas com influência do El Niño e do desmatamento da floresta amazônica.

A região de Manaus é conhecidamente uma região bem industrializada, principalmente devido à ampla disponibilidade de terras a baixos preços – grande atrativo para indústrias. A região é forte fabricante de motocicletas, termoplásticos e metais. Essas indústrias dependem do transporte fluvial em diferentes etapas, podendo ser nas importações, exportações ou fretes nacionais e podem aliviar o uso das estradas.

Em 2022, foi a porta de entrada para 28% de todo o Polipropileno e 37% de todo o Polietileno importados pelo Brasil. Além disso, ainda é o maior porto flutuante da América e, mais importante, fica localizado em uma região de difícil acesso e abastecimento, que normalmente alivia os volumes de fretes rodoviários, que são mais caros e dificultados na região.

Visto que as dificuldades hídricas estão abaixando os níveis dos rios, deve-se preocupar com embarcações grandes, que correm mais riscos que as pequenas nessa condição de leitos baixos. Assim, os preços de fretes tanto com destino quanto origem da região possam apresentar atrasos, aumentar a incidência de acidentes e, portanto, elevar os preços significativamente.

Autoral GlobalKem | 24 de outubro de 2023

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