Segmentos consumidores de aço apresentaram variações negativas em março

Segundo a entidade que promove os interesses da indústria do aço na América Latina, Acelero, a maioria dos setores consumidores de aço na região apresentou variações negativas, transparecendo o enfraquecimento da demanda.
Após dez meses seguidos de crescimento, a construção recuou em março em termos anuais, e foi arrastada pela forte contração na Argentina, representando a baixa mais significativa desde maio de 2020. Peru e Brasil também registraram quedas, após dois e três meses de crescimento, respectivamente. Colômbia e Chile mantiveram o desempenho negativo observado nos últimos meses. Em contrapartida, o México se manteve em terreno positivo, embora tendenciando queda.
A atividade industrial também se contraiu durante o terceiro mês do ano em todos os países, após um bimestre positivo. O pior desempenho ocorreu na Argentina, em comparação às quedas durante os primeiros meses da pandemia em 2020. Ainda, México, Brasil, Chile e Colômbia reverteram a expansão de fevereiro com variações negativas.
Dentre os segmentos consumidores, o setor de produção de maquinário foi o mais afetado, com retrações na Argentina, Colômbia e Chile. Além disso, a fabricação de aparelhos de uso doméstico também foi uma das mais impactadas, retraindo após oito meses de expansão. A produção automotiva também caiu em março, mas se recuperou em abril graças ao bom desempenho do Brasil e México.
Os resultados negativos apresentados pela maioria dos segmentos consumidores de aço refletem a retração da demanda pelo produto. Neste sentido, outros segmentos de mercado que participam da cadeia produtiva do aço, como o de insumos industriais, também deve ser afetado, impactando a demanda por Soda Cáustica e Ácido Sulfúrico, por exemplo.
Adaptado GlobalKem | 01 de julho de 2024