Espera-se que a fabricação e o transporte de carga em Xangai sejam interrompidos esta semana, à medida que a China dobra sua política de zero Covid e mergulha a cidade no bloqueio.
As autoridades locais anunciaram ontem que aconteceria em duas etapas nos próximos nove dias, começando pelo lado leste da cidade a partir das 5h de hoje.
Isso inclui Pudong, e os despachantes disseram esperar que as fábricas suspendam a fabricação, enquanto o transporte de e para o aeroporto e terminais de contêineres seria severamente limitado.
Thomas Gronen, chefe da Grande China da Fibs Logistics, disse que seria “quase impossível” acessar os portos de contêineres Shanghai Pudong Airport (PVG), Yangshan e Waigaoqiao e quaisquer armazéns ao redor.
“Estamos vendo grandes gargalos e restrições de caminhões não apenas em Xangai, mas também em outras cidades”, disse ele.
“Para remessas de frete marítimo nos próximos nove dias, recomendamos que os clientes usem o porto de Ningbo, especialmente para remessas LCL que precisam passar por um CFS.
Além disso, alertou Gronen, o bloqueio pode ser estendido além de 5 de abril se mais casos de Covid forem descobertos. O pico atual é aparentemente o mais alto desde que o vírus surgiu em Wuhan há dois anos, deixando pontos de interrogação sobre a viabilidade a longo prazo das rígidas políticas de controle de vírus de Pequim.
Lars Jensen, da Vespucci Maritime, apontou que a interrupção vem em cima das consequências de Shenzhen nas últimas semanas. A cidade do sul da China ainda enfrenta problemas, incluindo limitações para transporte rodoviário transfronteiriço com Hong Kong.
Gronen disse que outras partes da China também estão sofrendo interrupções de carga devido às restrições da Covid. Em Pequim, por exemplo, o prazo para a entrada de caminhões de outras regiões na capital foi estendido.
“Devido à redução da demanda do mercado, algumas companhias aéreas reduziram sua capacidade de voo e esperamos que as tarifas aéreas ex-Pequim aumentem esta semana”, acrescentou.