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Braskem irá financiar 25% da redução do imposto do diesel

A Braskem vai responder sozinha por quase 25% da compensação total do imposto do diesel. Diante da Medida Provisória que compensa a redução de cerca de R$ 3,6 bilhões em impostos do óleo diesel e do gás de cozinha, parecia, em um primeiro momento, que os principais impactados seriam os bancos. As instituições bancárias alegam futuro prejuízo devido à carga tributária sobre o lucro líquido ter subido de 45% para 48%. Mas esse resultado não se compara ao desafio que a petroquímica deve enfrentar.

De acordo com a Veja, a partir da MP, editada ontem pelo governo federal, a conta do diesel mais barato para os caminhoneiros acabará ficando em boa parte para a Petrobras. Junto com a Odebrecht, a estatal é a maior acionista da Braskem.

A indústria química está em alerta, pois o impacto não recai apenas na Braskem. São 20 representantes do ramo, além da petroquímica, que deixarão de ter direito ao benefício, e que arcarão juntas com R$ 1,5 bilhão dos R$ 3,6 bilhões de impacto da medida.

O setor alega que haverá uma consequência generalizada em cadeias produtivas do agronegócio, da área de cosméticos, perfumaria, embalagens, alimentação e até no âmbito médico porque a nafta, componente base de diversas cadeias de produção importantes, deixará de ter o subsídio.

Os investidores logo perceberam o impacto que a medida teria na Braskem e as ações da empresa chegaram a cair quase 5% na bolsa de valores durante o pregão. Os valores dos créditos a título de Reiq são informados pela companhia em seus demonstrativos trimestrais. Quem também observa o caso com preocupação são os credores da Odebrecht, que aguardam a venda da empresa, como ficou estabelecido no plano de recuperação judicial.

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BP Money
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