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Setor de tintas deve permanecer aquecido em 2021

Nas projeções da economia para 2021 na Região Carbonífera, a expectativa é positiva para as atividades relacionadas à produção de tintas. O setor deve permanecer muito aquecido devido a diversos fatores, segundo avaliação do vice-presidente do Sindicato das Indústrias Químicas do Sul Catarinense (Sinquisul), Edilson Zanatta.

“Alguns itens favorecem este panorama; o ambiente de pandemia já amadureceu os trabalhos de home office; estar mais presente em casa faz com que o brasileiro busque melhorá-la e torná-la mais bonita e bem organizada, investindo em reformas; com a baixa da taxa de juros, investimento em imóveis e automóveis também ficou mais atrativo. Além disso, houve muitos lançamentos de obras em 2020, e a pintura é a fase final, que acontecerá em 2021”, estimou Zanatta. Ele também projeta investimentos do Governo Federal em infraestrutura em 2021, favorecendo o aumento no número de empregados e estímulo à economia.

Colorifício prevê crescimento

A indústria química, forte segmento na região, também encerra 2020 com bons números e prevê 2021 de forma positiva. “As empresas que atuam no ramo de colorifício são exclusivamente dependentes do segmento cerâmico que, por sua vez, tem o desempenho atrelado à construção civil. Desta forma, nossa visão não reflete a média da expectativa econômica geral. Apesar da pandemia, este segmento se recuperou ao longo do segundo semestre e terminou 2020 com números acumulados similares a 2019”, ressaltou o vice-presidente do Sinquisul.

Por outro lado, a inflação e a falta de matéria-prima preocupam. “Prevemos inflação grande nos insumos, por conta da desvalorização cambial e por complicações da logística. Ademais, prevemos dificuldade de obtenção de matérias-primas importadas para suportar a operação, pois temos problemas na contratação do frete marítimo. Também há uma grande preocupação pelo aumento do gás natural (cerca de 25%)”, alertou Zanatta.

Indústria plástica está confiante para carteira de pedidos em alta

Outro importante segmento para a matriz econômica da região Sul, a indústria plástica também vem buscando driblar os desafios impostos em 2020. As empresas de embalagens flexíveis registram boas produções e pedidos em alta.

“A procura de embalagens para alimentos, higiene, médico-hospitalares, bebidas, avicultura, alimento animal e laticínios tiveram uma recuperação bem considerável. No caso dos descartáveis, o segmento voltou a sua produção normal, após os meses de junho e julho. Todas as empresas da região estão trabalhando em ritmo bem acelerado, especialmente para a demanda de delivery. No geral, estamos animados para 2021, com carteira de pedidos bem preenchidas”, relata o presidente do Sindicato das Indústrias Plásticas do Sul Catarinense (Sinplasc), Reginaldo Cechinel.

O presidente do Sinplasc pontua ainda a preocupação do setor com a falta de matéria-prima e de mão de obra especializada. “Estamos sem receber resina plástica, matéria-prima praticamente toda importada. A situação mais crítica é a falta e o aumento do custo do PVC em razão da unidade da Braskem, em Alagoas, que teve problemas geológicos com a sua atividade minerária (afundamento do subsolo), o que afetou diretamente empresas que trabalham com tubos para água, avicultura e irrigação. Com relação à busca por profissionais, recentemente, em parceria com o Senai e o Ministério da Economia, lançamos uma capacitação na busca de qualificar pessoas para trabalhar no segmento”, relatou Cechinel.

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Engeplus
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