Dow Corporate divulga resultados financeiros e operacionais do 2º trimestre de 2025
A Dow Company, grande produtora de insumos industriais, divulgou na última quinta-feira (24) os resultados financeiros e operacionais referentes ao 2º trimestre de 2025, com resultados abaixo das expectativas, refletindo margens fracas e demanda reduzida em mercados-chave. Neste sentido, as ações da empresa caíram 5,9% após o anúncio.
Dentre os destaques financeiros, a empresa registrou queda de 7% nas vendas líquidas durante o período, frente ao 2º trimestre de 2024, em função da retração apresentada por todos os segmentos operacionais. O volume produzido também foi menor, com variação de apenas 1% ano a ano, uma vez que os ganhos nos Estados Unidos e Canadá foram compensados por quedas na Europa, Oriente Médio, África e Índia.
Quanto ao EBIT1 operacional, a perda foi de US$ 840 milhões na comparação anual, direcionada por preços baixos e ganhos de capital.
O presidente e CEO da Dow, Jim Fitterling, afirmou que o setor está enfrentando menores ganhos atualmente, influenciados pelas incertezas comerciais e tarifárias, o que contribuiu para o resultado do trimestre. No entanto, reforça que seguem entregando suporte de caixa de curto prazo e potencializando o crescimento de lucros, os quais são esperados em US$ 6 bilhões até 2026. Ainda segundo o CEO, a companhia segue comprometida em buscar um dividendo competitivo em todo o ciclo econômico, de forma a garantir a maximização do valor para os acionistas.
Nos segmentos, apesar dos ganhos sazonais em Materiais e Revestimentos de Desempenho, incluindo o crescimento de silicones, a retração das Embalagens e Plásticos Especiais contribuíram para retração sequencial de 2%, dado às vendas mais baixas de Etileno pela inicialização do ativo de polietileno Poly-7.
O segmento de Intermediários Industriais e Infraestrutura, que inclui produtos como soda cáustica, isocianatos e solventes, teve queda de 6% na receita, para US$ 2,8 bilhões. O EBIT operacional ficou negativo em US$ 185 milhões, frente a um lucro de US$ 7 milhões no ano anterior. A performance foi prejudicada por preços mais baixos, volumes fracos em poliuretanos e maior manutenção planejada.
Já o setor de Embalagens e Plásticos Especiais, o maior da Dow, viu as vendas caírem 9%, para US$ 5 bilhões, com EBIT despencando de US$ 703 milhões para apenas US$ 71 milhões. O desempenho fraco veio de preços mais baixos nos polímeros e menor demanda por infraestrutura.
O segmento de Materiais e Revestimentos de Performance recuou 5% em receita, somando US$ 2,1 bilhões, com leve melhora no EBIT graças a custos de insumos mais baixos.
Fitterling ainda ressaltou que as iniciativas estratégicas da Dow têm sido fundamentais para enfrentar os desafios de um mercado em constante transformação. No entanto, ele alerta para sinais de desequilíbrio causados por um aumento da oferta vindo de novos entrantes que operam de forma anticompetitiva em diferentes regiões. Para enfrentar esse cenário, será necessário um esforço mais amplo do setor, incluindo medidas regulatórias adicionais. Apesar disso, Fitterling destaca que os novos projetos de curto prazo da companhia, todos previstos para entrar em operação até o terceiro trimestre, juntamente com investimentos estruturais de longo prazo, devem reforçar a presença da Dow em segmentos de maior valor agregado e menos expostos a práticas desleais de mercado.
Adaptado GlobalKem | 25 de julho de 2025