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Brasil deverá assinar acordo de importação de gás natural argentino

O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, oficializou na última segunda-feira (18) a assinatura de um Memorando de Entendimento (MoU) com a Argentina, abrindo caminho para a importação de gás natural produzido pelo país vizinho. O acordo abrange a infraestrutura e interconexão necessária para viabilizar a comercialização do combustível entre as duas nações.

Um dos destaques do MoU é a criação de um grupo de trabalho binacional, que terá como missão identificar medidas para operacionalizar a oferta de gás natural argentino, com foco estratégico no campo de Vaca Muerta, uma das maiores reservas de gás de xisto do mundo.

Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), a iniciativa deve atrair novos investimentos e contribuir para a redução dos custos energéticos, refletindo positivamente em setores como o de alimentos, que podem ser beneficiados por preços mais baixos no médio e longo prazo.

A importação inicial está projetada em 2 milhões de metros cúbicos por dia, com custo estimado entre US$ 7 e US$ 8 por milhão de BTU (unidade de energia). Nos próximos três anos, a expectativa é ampliar o volume para 10 milhões de m³/dia, atingindo 30 milhões de m³/dia até 2030.

“A abertura do mercado de gás no Brasil não apenas estimula investimentos e a criação de empregos, como também apresenta um potencial de longo prazo para reduzir os custos dos alimentos e fortalecer a economia nacional”, destacou o MME em nota oficial.

Com este acordo, Brasil e Argentina reforçam a cooperação energética regional, enquanto o país busca consolidar sua transição para uma matriz energética mais diversificada e acessível.

Adaptado GlobalKem | 20 de novembro de 2024

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InfoMoney
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