As importações brasileiras de produtos químicos em 2023 variaram entre 5 e 5,5 bilhões de dólares por mês até agosto – valores significativamente maiores dos que se praticava antes da pandemia, que oscilavam entre US$ 3 e 4,5 bilhões. No acumulado do ano, praticamente todos os produtos químicos, excluindo os agroquímicos (fertilizantes e defensivos), tiveram fortes aumentos nos volumes importados.
As compras internacionais de químicos acumulam 41,9 bilhões de dólares, equivalente a redução de 24% comparando com agosto de 2022 – justificável pela redução de 39,1% nos preços médios: de US$ 1.569/t no oitavo mês de 2022 para US$ 955/t no mesmo período de 23. Sustentados pelos conflitos no leste europeu, esses preços resultam em surtos de importações e desestabilização do mercado interno.
Já as exportações acumulam US 9,9 bilhões, valor 17,8% inferior ao acumulado de janeiro a agosto de 2022 e a situação pode se agravar com as dificuldades econômicas da Argentina – maior comprador de produtos químicos brasileiros. O déficit na balança comercial chegou a US$ 32 bilhões, superior a grande parte dos déficits anuais dos últimos vinte anos. No acumulado de 12 meses, o déficit atingia os US$ 51,7 bilhões, mostrando necessidade de medidas de preservação do mercado domésticos e evitar riscos às fabricações nacionais.
Adaptado GlobalKem | 29 de setembro de 2023