A agroindústria argentina encerrou o mês de novembro com um recorde histórico de exportações, totalizando 10,09 milhões de toneladas em produtos primários e derivados, volume 36% superior ao registrado no mesmo mês de 2024. A receita somou US$ 4,7 bilhões, crescimento anual de 25%, refletindo o forte desempenho de grãos e produtos agroindustriais em cadeias altamente dependentes de insumos químicos, como fertilizantes, corretivos, defensivos e insumos para processamento industrial.
Segundo a Secretaria de Agricultura e Pecuária do país, 25 categorias de produtos apresentaram avanço na comparação anual. As exportações de trigo cresceram 133%, alcançando 1,38 milhão de toneladas, enquanto a cevada, com destaque para uso em maltaria, avançou 110%, com 198,8 mil toneladas. O setor florestal exportou 107 mil toneladas, alta de 91%, segmento que também demanda insumos químicos relevantes, como aditivos, resinas, defensivos florestais e produtos para processamento de madeira e celulose.
Na sequência, registraram crescimento expressivo o tabaco, com alta de 88% e 9,1 mil toneladas, as leguminosas, com avanço de 87% e 45,9 mil toneladas, o arroz, com 85% e 40 mil toneladas, além da soja, que somou 5,74 milhões de toneladas, impulsionada principalmente por resíduos, subprodutos e grãos. Esses segmentos estão diretamente ligados ao consumo de fertilizantes fosfatados e nitrogenados, além de insumos químicos utilizados no beneficiamento e na industrialização.
Em valor, 12 setores registraram os maiores desempenhos dos últimos dez anos, totalizando US$ 1,043 bilhão, com destaque para trigo, girassol, carne bovina, sorgo, arroz, apicultura, frutas de caroço, ervas e especiarias. Em paralelo, o governo argentino destacou a retomada da exportação de 26 produtos que estavam fora da pauta externa há anos, incluindo glicose, óleos essenciais e derivados agrícolas. No conjunto, dez cadeias agroindustriais concentraram 95% das exportações, destinadas a mais de 100 mercados, liderados por China e Brasil, reforçando o papel da agroindústria argentina como demandante estrutural de insumos.
Autoral GlobalKem | 30 de dezembro 2025