O IPCA-15, considerado a prévia da inflação brasileira, registrou alta de 0,20% em novembro, superando as projeções do mercado, que apontavam para um avanço de 0,18%. O resultado também ficou acima do aumento de 0,18% observado em outubro.
Apesar da alta no mês, o índice acumulado em 12 meses desacelerou para 4,50%, retornando ao teto da meta oficial do Banco Central, ante os 4,94% registrados nos 12 meses anteriores. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 4,15%.
O resultado mensal foi puxado pelo grupo Despesas pessoais, que avançou 0,85%, com destaque para hospedagem, que subiu 4,18%, e pacote turístico, com alta de 3,90%. Em Belém (PA), sede da COP30, as hospedagens dispararam 155,24%, enquanto as passagens aéreas cresceram 25,32% no mês. Outros grupos também contribuíram para a alta, como Saúde e cuidados pessoais, que subiu 0,29%, impulsionado pelo plano de saúde (0,50%), e Transportes, com alta de 0,22%, onde as passagens aéreas tiveram elevação de 11,87%, sendo o maior impacto individual no índice.
Entre as quedas, os combustíveis recuaram 0,46%. À exceção do gás veicular, que aumentou 0,20%, os demais apresentaram reduções nos preços: etanol (-0,54%), gasolina (-0,48%) e óleo diesel (-0,07%).
O grupo Alimentação e bebidas, de maior peso no índice, voltaram a crescer 0,09% após cinco meses de queda. A alimentação no domicílio permaneceu negativa, com recuo de 0,15%, influenciado pelas quedas do leite longa vida (-3,29%), arroz (-3,10%) e frutas (-1,60%). Por outro lado, houve altas na batata inglesa (11,47%), óleo de soja (4,29%) e carnes (0,68%). A alimentação fora do domicílio acelerou para 0,68%, com refeição subindo 0,56% e lanche avançando 0,97%.
Já o grupo Habitação desacelerou de 0,16% para 0,09%, com destaque para a energia elétrica residencial, que reduziu a queda de -1,09% para -0,38%.
Adaptada GlobalKem | 29 de novembro de 2025