O Índice Nacional de custo da Construção (INCC-M), divulgado nesta quarta-feira (25) pela Fundação Getúlio Vargas, registrou queda de 0,64% para 0,61% na passagem de agosto para setembro. Em contrapartida, a taxa acumulada em 12 meses apresentou aumento de 0,39% no período, alcançando 5,23%.
Os preços de Materiais, Equipamentos e Serviços apresentaram desaceleração, passando de 0,69% para 0,59%, enquanto o custo da Mão de Obra registrou aumento, de 0,57% para 0,64%.
Entre os itens que mais contribuíram para a queda do índice, destacam-se os condutores elétricos (-1,14%), impermeabilizantes (-0,46%) e portas e janelas de madeira (-0,28%). Em contrapartida, vergalhões e arames de aço ao carbono (1,61%) e o custo da mão de obra, como pedreiros (0,76%) e armadores (0,87%), pressionaram o índice para cima.
No mesmo sentido, o Índice de Confiança da Construção (ICST), também divulgados pela FGV, retraiu 0,4 ponto, caindo para 97,1 pontos, após quatro meses consecutivos de estabilidade. Esse recuo foi impulsionado pela piora nas expectativas dos empresários, principalmente em relação aos setores de Infraestrutura e Edificações Residenciais, em decorrência da elevada taxa de juros. A perspectiva de novas elevações das taxas deixou o setor mais pessimista, especialmente no mercado imobiliário de média renda, embora o segmento econômico, vinculado ao programa Minha Casa Minha Vida, não tenha sido afetado.
O Índice de Expectativas (IE-CST) caiu 0,9 ponto, enquanto o Índice de Situação Atual (ISA-CST) subiu para 97,3 pontos. A demanda por mão de obra segue elevada, refletindo o ciclo recente de crescimento do setor, embora o Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) tenha registrado queda, passando para 79,2%.
Adaptado GlobalKem | 26 de setembro de 2024