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Mercado global de alumínio encerra outubro em alta, com expansão da reciclagem e integração logística na Ásia

O mercado global de alumínio encerrou outubro em trajetória de alta, impulsionado pela combinação entre redução de estoques, fortalecimento da demanda industrial e reconfiguração dos fluxos de sucata metálica. As cotações na bolsa de Londres registraram avanço de 1,14%, acompanhadas de leve retração nos estoques para 462 mil toneladas, sinalizando maior aperto na oferta física e sustentação de preços ao longo da curva.

Na China, o alumínio primário manteve estabilidade, com produtores preservando margens diante da redução dos estoques locais e da menor oferta de lingotes no mercado spot. Já na Índia, o setor pressiona por medidas de proteção, incluindo aumento tarifário e padronização de importações, em resposta ao avanço das exportações de produtos de baixa qualidade e à necessidade de garantir suprimento doméstico competitivo.

Nos Estados Unidos, as tarifas sobre produtos de alumínio seguem redefinindo o equilíbrio regional. O Canadá continua como principal fornecedor, enquanto produtores locais se beneficiam do desvio de fluxos e da maior demanda interna. O governo discute novas restrições às exportações de sucata, especialmente de embalagens e latas recicladas, buscando assegurar disponibilidade para a indústria automotiva, aeroespacial e de defesa.

Paralelamente, o Sudeste Asiático consolidou-se como um dos principais polos de reciclagem e processamento secundário de alumínio. Tailândia, Malásia e Vietnã lideram as movimentações regionais, com mais de 20 milhões de toneladas transacionadas entre importações e exportações no último ciclo.

Os acordos comerciais entre países asiáticos e ocidentais reforçam a integração das cadeias de reciclagem, enquanto o aumento da procura por materiais de menor pegada ambiental eleva a importância da sucata como insumo estratégico. No entanto, desafios persistem: divergências regulatórias, contrabando e falta de rastreabilidade ainda dificultam a harmonização das políticas regionais.

Autoral GlobalKem | 30 de outubro de 2025

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GlobalKem
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