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Indústria química aposta em retomada com novo programa de incentivo

Após um ano desafiador em 2024, com déficit comercial de US$ 48,7 bilhões e elevada ociosidade nas plantas produtivas, a indústria química brasileira enxerga sinais de recuperação. O setor comemorou, em março, o avanço do Projeto de Lei 892/2025, que cria o Programa Especial de Sustentabilidade da Indústria Química (Presiq), protocolado na Câmara dos Deputados.

A proposta visa impulsionar o setor por meio de incentivos fiscais atrelados à adoção de processos produtivos de baixo carbono. Para o presidente-executivo da Abiquim, André Passos Cordeiro, a medida pode transformar o Brasil em referência global na transição energética. “Essa nova lei ajudará a reduzir o déficit do setor, aumentar arrecadação e agregar valor ao país”, destacou.

Com previsão de até R$ 5 bilhões em créditos financeiros a partir de 2027, o programa está dividido em dois blocos: um voltado à compra de insumos menos poluentes, como o gás natural, e outro para investimentos em ampliação da capacidade produtiva.

Se bem implementado, o Presiq pode elevar a ocupação da capacidade produtiva para 95% e gerar um impacto de R$ 112,1 bilhões no PIB até 2029, além de criar até 1,7 milhão de empregos diretos e indiretos, segundo estimativas da Abiquim.

A proposta ganha ainda mais relevância por coincidir com a realização da COP 30 no Brasil. Para o setor, o Presiq representa um passo estratégico para alinhar competitividade industrial com metas de descarbonização, inovação tecnológica e inserção no mercado global de economia verde.

Adaptado GlobalKem | 15 de abril de 2025

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MonitorMercantil
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