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Déficit em produtos químicos deverá ser recorde, de US$ 64,8 bilhões, em 2022

No acumulado do ano, até outubro, as importações de produtos químicos somaram US$ 69 bilhões e as exportações chegaram a US$ 14,8 bilhões, aumentos de respectivamente 42,1% e de 28,1% na comparação com igual período de 2021. Como resultado, o déficit na balança comercial de produtos químicos, entre janeiro e outubro, somou US$ 54,2 bilhões, o que representa um espantoso aumento de 46,5% em relação ao mesmo período do ano passado e, mesmo ainda faltando dois meses para o encerramento deste ano, já se supera em US$ 8 bilhões o maior déficit anual da história da balança comercial de produtos químicos, de US$ 46,2 bilhões, registrado em 2021.

Em outubro, especificamente, o Brasil importou US$ 6,5 bilhões em produtos químicos, aumento de 6% frente ao mesmo mês do ano passado, mas importantes quedas de 11,2% em relação a setembro e de 21,1% sobre agosto. Desde julho de 2022, quando foram registradas compras vindas do exterior de pouco mais de 6 milhões de toneladas, as quantidades importadas têm desacelerado consistentemente, tendo atingido o montante de 4,5 milhões de toneladas em outubro, número 8,9% menor do que em setembro e 26,7% inferior ao de outubro em 2021. Considerando o desaquecimento das importações em volumes, ao longo do segundo semestre, acompanhado por reduções mais lentas nos preços dos importados, bem como os sinais de que o quadro não deve se alterar significativamente no último bimestre, até o final do ano deverá ser registrado um déficit recorde, da ordem de US$ 64,8 bilhões.

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ABIQUIM
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