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Braskem reiniciará planta nacional de cloro e soda cáustica no 4° trimestre

A petroquímica brasileira Braskem espera reiniciar no 4° trimestre uma planta de cloro e álcalis fechada desde maio de 2019.

Essa retomada das operações permitirá que a empresa reinicie uma planta downstream de eteno, que também foi fechada em maio de 2019. A Braskem revelou seus planos de início de operação em um relatório de resultados em 5 de agosto.

A Braskem fechou as fábricas após a divulgação de um relatório do governo que vinculava sua operação de mineração de sal upstream aos danos geológicos em Maceió, capital do estado de Alagoas.

A empresa fechou a mina de sal, bem como uma instalação de cloro e álcalis e a planta de EDC. O sal é uma matéria-prima chave para o cloro e álcali, e a produção subsequente de cloro alimenta o EDC, um precursor do PVC básico para construção.

Em janeiro, a Braskem chegou a um acordo com promotores estaduais e federais e defensores públicos sobre o fechamento definitivo da mina de sal e o reassentamento de cerca de 17 mil pessoas. Em troca, os promotores e defensores públicos concordaram em liberar cerca de R$ 3,7 bilhões para implementar um programa de compensação e apoio à realocação, e mais R$ 1 bilhão para custos de fechamento de alguns poços associados à operação de mineração de sal.

No segundo trimestre de 2020, a Braskem reportou um prejuízo líquido de R$ 2,47 bilhões, em comparação com um lucro de R$ 84 milhões no mesmo período do ano anterior.

A planta de cloro e álcalis de Maceió pode produzir 400.000 mt/ano de cloro e 460.000 mt/ano de soda cáustica, um subproduto da produção de cloro e uma matéria-prima chave para as indústrias de alumina e papel e celulose. As paralisações da planta deixaram a Braskem dependente das importações de soda cáustica para o abastecimento dos clientes e de EDC para manter a produção de PVC.

Fonte
S&P Global
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