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Queda na participação da China nas exportações brasileiras reflete mudanças no comércio internacional

De acordo com dados divulgados na última terça-feira (17) pela Fundação Getúlio Vargas, a China manteve-se como principal parceira comercial do Brasil em 2024, liderando as exportações e importações nacionais. Apesar disso, a participação chinesa nas exportações brasileiras recuou de 30,7% para 28,6% entre janeiro e novembro de 2023 e 2024, enquanto, nas importações, houve crescimento de 21,9% para 24,1%. O superávit comercial com o país foi de US$ 31 bilhões, representando 44,3% do saldo acumulado da balança comercial até novembro.

O saldo total da balança comercial brasileira até novembro foi de US$ 69,9 bilhões, uma redução de US$ 19,4 bilhões em relação ao mesmo período de 2023. No entanto, a corrente de comércio cresceu, alcançando US$ 554,7 bilhões, impulsionada pelo aumento das importações (+9,5%).

Outros mercados também registraram mudanças significativas. As exportações para os Estados Unidos cresceram 9,3% em valor, enquanto o comércio com a União Europeia teve expansão de 6,5% nas exportações e 5,1% nas importações. Já a Argentina, mesmo em recessão, viu aumento no volume comercializado, com destaque para o setor automotivo.

Por setor, a indústria de transformação apresentou o maior crescimento nas exportações, passando de 53% para 55% da participação total. A agropecuária recuou de 23,8% para 20,6%, impactada por uma queda de 12,7% nos preços. Nas importações, o setor agropecuário liderou o aumento em volume (+33,1%), mas segue com participação reduzida (2,1%).

Entre os produtos importados, os bens intermediários continuam predominantes, com 65,4% de participação, enquanto os bens de capital e os bens duráveis de consumo ganharam relevância. As compras de carros elétricos da China impulsionaram o aumento nos bens duráveis, que registraram alta de 53,4%.

Adaptado GlobalKem | 19 de dezembro de 2024

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FGV Ibre
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