Em dezembro de 2024, o mercado asiático de Polipropileno apresentou divergências entre a dinâmica do mercado do Sudeste Asiático e o Leste Asiático. Enquanto a alta oferta permite preços em queda no Sudeste, o Leste Asiático registra um mercado mais restrito, com preços em patamares mais elevados.
O aumento da capacidade produtiva de PP da China contribuiu para a pressão nos preços globais. Entre janeiro e outubro, as exportações chinesas de PP somaram 2,02 milhões de toneladas, com expectativa de atingir 2,3 a 2,5 milhões até o final do ano. Esse volume elevado continuou a reduzir os preços, especialmente no Sudeste Asiático, onde o mercado tem sido marcado pela concorrência global e o excesso de estoques.
Por outro lado, no Leste Asiático, a oferta de PP permaneceu limitada. Algumas unidades de desidrogenação de propano (PDH) na região operaram com prejuízo, com a taxa média de operação caindo para 68,12% em outubro, 10 pontos percentuais abaixo do mês anterior. Neste sentido, a retração da oferta pressionou ainda mais o fornecimento para o Sudeste Asiático.
No Leste Asiático, os preços subiram cerca de 1% na Coreia do Sul e no Japão e 0,6% na China, reflexo da oferta limitada. Já no Sudeste Asiático, os preços caíram cerca de 1%, devido ao excesso de oferta e à demanda enfraquecida.
Além disso, a Lotte Chemical, um dos maiores produtores de Polipropileno da Coreia do Sul, reduziu as operações de sua unidade em Yeosu, com capacidade de 1,23 milhão de toneladas métricas, desde o final de novembro, o que agravou os gargalos de oferta para mercados como Indonésia e Malásia.
Em relação à demanda por PP na Ásia, esta permanece retraída, com setores como o automotivo e o de construção registrando baixo desempenho, intensificando a pressão nos preços.
Autoral GlobalKem | 19 de dezembro de 2024